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Câmara de Crédito, Seguro e Comercialização do Agronegócio do Mapa apresenta desafios para próximas safras


J.Demito

“Crédito e seguro rural são o oxigênio para o setor agropecuário crescer”. A afirmação é do presidente da Câmara de Crédito, Seguro e Comercialização do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, ao defender a importância de se repensar essas duas políticas. O assunto foi debatido na manhã desta terça-feira (19/07), em reunião da Câmara, no Mapa, em Brasília.

Durante o encontro, com participação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Wedekin fez um balanço da situação atual do mercado de crédito rural, das políticas de seguro rural, de comercialização e de garantia da renda do produtor. O presidente da Câmara destacou que o crédito rural representa 7,5% de todo o sistema financeiro brasileiro, que, até maio de 2016, teve saldo de R$ 3,14 trilhões. “Esse valor mostra a importância do setor agropecuário e a necessidade de se garantir oferta adequada de crédito e financiamento para viabilizar a continuidade da expansão da atividade”.

Já no mercado de seguro rural, ressaltou Wedekin, a situação é preocupante e precisa ser revista, uma vez que nunca se viu tantos problemas climáticos como na safra 2015/2016. “A política de seguro rural hoje é considerada absolutamente instável por uma má condução do processo. Até maio deste ano, as seguradoras receberam R$ 639 milhões de prêmios e acumularam sinistros de R$ 755 milhões (índice de sinistralidade de 118%)”, observou. O presidente da Câmara informou que os recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) caíram 59% em 2015, sendo utilizados no programa R$ 282,3 milhões. A área protegida recuou de 10 milhões de hectares em 2014, para 2,9 milhões de hectares em 2015. “É preciso estabelecer a organização estrutural e as bases operacionais para a expansão do seguro rural no Brasil. Reduzir os riscos associados às operações dos produtores rurais, ampliando a eficiência e a competência das cadeias produtivas do agronegócio”, finalizou.

Grupo de trabalho – Foi publicada no Diário Oficial da União, na última segunda-feira (18/07),a Portaria 136 do Mapa que cria o grupo de trabalho para aperfeiçoar o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), com prazo de 90 dias para apresentar as recomendações ao ministro.

Segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, o grupo formado pela portaria, do qual a CNA faz parte, vai discutir um novo modelo para o seguro a fim de ampliá-lo, dando mais dinamismo, e recompondo o volume de recursos.

Para o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, o grupo vai dar prosseguimento a temas considerados relevantes ao seguro, dentro da politica agrícola, considerado uma das prioridades para o produtor rural. “Com um seguro rural forte nós conseguimos resolver grandes problemas ligados, principalmente, à captação de recursos para financiamento das safras”, frisou. Lucchi comentou que uma das primeiras pautas a ser discutias no GT é a ampliação dos recursos do seguro rural e como fazer para que não seja contingenciado, problema que vem ocorrendo com frequência.

Fonte: Notícias Agrícolas

J.Demito

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