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Negociadora-chefe para Agricultura dos EUA sinaliza maior diálogo com Brasil para redução de barreiras comerciais


J.Demito

A negociadora-chefe para Agricultura dos Estados Unidos, embaixadora Darci Vetter, sinalizou o interesse em dialogar com o Brasil para reduzir barreiras que impedem um fluxo maior de produtos do agronegócio entre os dois países, bem como com outros países. A manifestação foi feita em reunião com o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, nesta terça-feira (05/07), na sede da entidade, em Brasília, da qual também participou a embaixadora norte-americana no país, Liliana Ayalde.

“Temos um grande potencial para trabalharmos juntos com o Brasil, para superar as barreiras que mais afetam os dois países, a partir de um engajamento forte e da troca de informações com o setor privado para estreitar o diálogo”, disse Darci Vetter, responsável por conduzir negociações comerciais em agricultura, pelos Estados Unidos. A remoção de barreiras comerciais tem sido uma das principais bandeiras defendidas pela CNA. “A proposta vem ao encontro do que defendemos, mas precisa favorecer os dois lados”, ressaltou Schreiner. “Temos confiança no fortalecimento da parceria”, reforçou a embaixadora Liliana Ayalde.

Entre os produtos do agronegócio brasileiro prejudicados pelas barreiras comerciais americanas, estão etanol e carnes. “Se andarmos juntos, temos tudo para remover essas barreiras de maneira mais ágil e que atenda a todos. Como setor privado, estamos prontos para dar apoio à ampliação do diálogo”, completou o vice-presidente da CNA. Ele ainda defendeu que o Brasil busque mais acordos comerciais não apenas com os americanos, mas com outros países. No entanto, ponderou que o Mercosul tem sido uma grande “trava” para que o Brasil feche novas parcerias comerciais.

O vice-presidente da CNA e a representante do governo norte-americano também concordaram em buscar cooperação mútua em pontos como biotecnologia. A ideia é discutir temas como os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). “O mundo precisa entender melhor os OGMs. Brasil e Estados Unidos podem assumir o protagonismo nos debates”, frisou a negociadora. Para Schreiner, os transgênicos serão fundamentais em um cenário futuro para atender à demanda mundial por alimentos e garantir a segurança alimentar da população global.

Com o objetivo de fortalecer as relações entre os países e criar um canal direto de comunicação entre os setores agropecuários americano e brasileiro, a CNA, em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), promoveram, no ano passado, o Diálogo Agrícola Brasil-EUA, que deve ter sua segunda edição neste ano.

Parcerias – Darci Vetter relatou ao vice-presidente da CNA o andamento do processo de ratificação da Parceria Transpacífico (TPP), que envolve o livre comércio entre EUA e mais 11 países, no Congresso americano. Em ano de eleição presidencial norte-americana, ela explicou que o governo trabalha junto ao Legislativo para aprovar o TPP. Também relatou as dificuldades e expectativas das negociações da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), tratado comercial entre os americanos e a União Europeia. No encontro, foi discutido, ainda, o cenário político no Brasil e no Mercosul.

Estiveram no encontro a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Alinne Oliveira, o assessor de Inteligência Comercial da CNA, Pedro Henriques Pereira, e o ministro-conselheiro de Agricultura da Embaixada dos EUA no Brasil, Clay Hamilton, a adida agrícola dos EUA no Brasil, Laura Geller, e o conselheiro econômico da Embaixada, Doug Climan.

Fonte: CNA

J.Demito

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