Algodão, ótima opção para o Tocantins
Tecnologia de precisão aumenta a produção de algodão. Após o auge de produção na década de 80, hoje o Tocantins ganha espa...
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Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta quarta-feira (25) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam ligeiros ganhos entre 0,25 e 1,00 pontos, por volta das 7h29 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 ainda busca o patamar dos US$ 4,00 por bushel, sendo cotado a US$ 3,98 por bushel. As posições mais distantes já superaram o nível e o março/17 era negociado a US$ 4,09 por bushel.
As cotações da commodity tentam consolidar o movimento positivo após encerrar o dia anterior em campo misto, com leves movimentações. A alta do petróleo, o otimismo do mercado financeiro global e o plantio norte-americano deram suporte aos preços em Chicago, conforme dados reportados pelas agências internacionais. Em relação à safra dos EUA, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que até o último domingo (22), cerca de 86% da área havia sido cultivada.
“No entanto, a chuva em curso tem levantado alguma conversa que algumas áreas poderiam ser replantadas, especialmente no Meio-Oeste”, disse o analista e editor da Farm Futures, Bob Burgdorfer. Em contrapartida, a valorização do dólar frente às demais moedas pesou sobre os contratos do cereal, já que pode afetar a competitividade do produto norte-americano. A demanda pelo grão dos EUA e o andamento da safra na América do Sul continuam sendo observados de perto pelos investidores.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Início da colheita da 2ª safra pressiona e preços recuam pelo 3º pregão consecutivo na BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta terça-feira (24) em campo negativo. Os principais contratos da commodity recuaram pelo 3º dia consecutivo e exibiram desvalorizações entre 0,20% 1,88%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 44,89 a saca. Já o contrato setembro/16, referência para a safrinha brasileira, encerrou o dia a R$ 41,86 a saca, porém, desde a última sexta-feira (20), a posição recuou 4,97%, já que o contrato estava sendo negociado a R$ 44,05 a saca.
O analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildebrandt, ressalta que o movimento negativo é decorrente da proximidade com a colheita da segunda safra de milho. “Apesar da colheita estar apenas iniciando, o mercado futuro precifica antes”, explica. No maior estado produtor do grão na safrinha, Mato Grosso, a colheita do cereal já atingiu 0,37%, de acordo com dados reportados pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) em seu último boletim.
Na região de Sinop (MT), por exemplo, os produtores estão antecipando a colheita do cereal, que deveria ter início em meados de junho, para aproveitarem os preços elevados, conforme ressalta o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan. Atualmente, a saca do cereal é negociada entre R$ 30,00 a R$ 33,00 a saca. No Paraná, os agricultores também já começaram a colheita do grão em algumas localidades.
Além do início dos trabalhos nos campos, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressalta que, por enquanto, a produtividade não tem sido tão baixa como o esperado pelos participantes do mercado. “Os grandes compradores acompanham o começo da colheita e as perdas não são tão grandes quanto o esperado, pelo menos, por enquanto”, reforça o consultor. Para essa temporada, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta a safrinha próxima de 52,90 milhões de toneladas, porém, muitas consultorias privadas apostam em uma produção abaixo das 50 milhões de toneladas.
“Também acompanhamos algumas recompras de posições para exportação e troca de origem do produto para países como Ucrânia e Estados Unidos. Por outro lado, temos as indústrias comprando mais trigo, quebra de arroz e até mesmo o sorgo para a fabricação de ração. A perspectiva é que as cotações se mantenham elevadas nos próximos meses, porém, devem se acomodar em patamares mais baixos com a chegada da safrinha, podemos registrar quedas de até R$ 10,00 nos valores praticados atualmente, que têm inviabilizado o setor de granjeiros”, afirma o consultor de mercado.
Paralelamente, o Brasil segue importando milho para atender a demanda interna. Ainda nesta segunda-feira, foram divulgadas informações de que o estado do Espírito Santo adquiriu a primeira carga de milho da Argentina, de 25 mil toneladas. Dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apontam para importações da ordem de 243,6 mil toneladas do grão, no período de janeiro a abril de 2016. Grande parte do produto veio do Paraguai, cerca de 123,74 mil toneladas e o restante dos argentinos.
Enquanto isso, no mercado interno, a baixa disponibilidade do grão continua dando sustentação aos preços. Ainda hoje, em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, praças de Mato Grosso, os valores subiram 16,67%, com a saca a R$ 35,00. Em Sorriso, também no estado, o preço subiu 2,86% e a saca fechou o dia a R$ 36,00. Em Avaré (SP), o ganho ficou em 6,25%, com a saca a R$ 49,82. Em Paranaguá, a saca para entrega setembro/16 subiu 2,78%, cotada a R$ 37,00. Em contrapartida, em Ponta Grossa (PR), o valor recuou 1,89%, com a saca a R$ 52,00, em Itapeva (SP), o recuo ficou em 3,91%, com a saca a R$ 47,87. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Dólar
Já a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,5755 na venda, com leve queda de 0,19%. Na sessão anterior, o câmbio subiu mais de 1,82%. Os investidores ainda acompanham as avaliações de que o governo deve enfrentar dificuldades para aprovar no Congresso Nacional as medidas para reequilibrar as contas públicas apresentadas nesta terça-feira e a nova meta fiscal, segundo informou a agência Reuters.
Bolsa de Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram um pregão de volatilidade nesta terça-feira (24). Após testar os dois lados da tabela, as cotações da commodity fecharam em campo misto. Apenas o setembro/16 subiu 0,25 pontos, cotado a US$ 4,00 por bushel. O julho/16 e o março/17 caíram entre 0,25 e 0,50 pontos, cotados a US$ 3,97 por bushel e US$ 4,09 por bushel respectivamente. O dezembro/16 encerrou a sessão estável, a US$ 4,02 por bushel.
Os sites internacionais ainda destacam que as atenções estão voltadas ao plantio da safra 2016/17 nos EUA. Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou que até o último domingo (22) a semeadura do cereal estava completa em 86% da área projetada para essa temporada. “No entanto, a chuva em curso tem levantado alguma conversa que algumas áreas poderiam ser replantadas, especialmente no Meio-Oeste”, destaca o analista e editor da Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Na última semana, o índice estava em 75%, já no mesmo período do ano passado, cerca de 90% da área já havia sido plantada. A média dos últimos cinco anos é de 85%. O departamento ainda informou que cerca de 0% das plantações já emergiram. O percentual está abaixo do registrado no mesmo período de 2015, de 69% e da média dos últimos cinco anos, de 55%. Na semana anterior, em torno de 43% das lavouras do cereal já haviam emergido.
Outros fatores como a demanda pelo produto norte-americano e o andamento da safra na América do Sul continuam sendo observadas pelos participantes do mercado. Principalmente, no Brasil onde as perdas são expressivas devido ao clima seco e quente observado ao longo do mês de abril. Nas principais regiões produtoras do cereal, os produtores relatam prejuízos e queda na produtividade, inclusive, em alguns municípios já foi decretado estado de emergência.
Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas
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