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Inversão de calendário pode resultar em economia de 120 milhões ao ano


J.Demito

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) testemunhou na sexta-feira (12/08) a assinatura do protocolo de alteração do calendário de vacinação bovina e bubalina contra a febre a aftosa.  O documento foi assinado pelo Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi e pelo governador do estado, Pedro Taques. A vacinação nos municípios de Mato Grosso, com exceção da região do Pantanal, será invertida. A partir de 2017, na etapa de maio será realizada a vacinação de bovinos em todas as faixas etárias, de mamando a caducando e em novembro serão vacinados os rebanhos de 0 a 24 meses.

O diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini explicou que a vacinação na região do Pantanal permanecerá com o mesmo calendário, em novembro, em uma única etapa para todo o rebanho. E os produtores que desejarem fazer movimentação de rebanho, será necessária a segunda etapa, caso tiverem ultrapassado seis meses da última vacinação.

De acordo com Romanini a inversão do calendário é uma reivindicação antiga da Famato, em nome do setor produtivo de Mato Grosso. “Nós entendemos que a inversão de calendário não causa nenhum prejuízo à produção agropecuária mato-grossense. O mesmo já acontece em outros estados”, pontuou Romanini. A Famato consultou as indústrias que fabricam a vacina de aftosa, que garantiram o abastecimento de vacina para o mês de maio de 2017, momento em que haverá a vacinação de todo o rebanho de Mato Grosso.

O ministro falou da importância da assinatura do protocolo de inversão. “O ato que assinamos hoje tem uma importância muito grande para a pecuária de Mato Grosso. Este é um pleito muito antigo, de muitos anos, e que nunca foi realizado. Não custa absolutamente nada para o estado e nem para governo federal atender. Os pecuaristas de Mato Grosso estimam uma economia de 120 milhões ao ano com a mudança”, disse o ministro.

Para Maggi a luta da Famato e de todo o setor produtivo pela inversão da vacinação, simbolizou um gesto para todo o Brasil que diz claramente porque Mato Grosso faz a diferença em relação ao restante do país. Maggi ainda destacou a necessidade que o Ministério da Agricultura tem de andar junto com as Federações da Agricultura e Pecuária do país, associações, órgãos públicos e privados do setor produtivo e dos produtores rurais. “Queremos ouvir as necessidades do setor”, afirmou. A mudança das etapas será publicada em uma portaria conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).

A Famato ainda participou da Audiência Pública realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, que discutiu a proposta de reformulação do seguro rural, que hoje tem cobertura de apenas 14% da área plantada no Brasil.

A Famato, entidade de classe que representa 90 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, completou 50 anos no dia 16 de dezembro de 2015. Ao longo dessas cinco décadas levantou diversas bandeiras em prol do produtor. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Sindicatos Rurais, Senar-MT e o Imea. Essa trajetória é celebrada graças ao trabalho dos produtores rurais e dos colaboradores. Acompanhem nossas redes sociais pelo www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (instagram e twitter) #Famato50anos.

Fonte: Famato – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso

J.Demito

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