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AgRural estima que 2,2% da área de soja foi colhida no Brasil


J.Demito

A consultoria AgRural calcula que 2,2% da área cultivada com soja no Brasil na safra 2016/2017 foi colhida até a quinta-feira desta semana. Os trabalhos estão 1,5% adiante em relação ao ano passado e 1,2% à frente da média de cinco anos.

O levantamento da AgRural mostra que Mato Grosso segue na liderança, com 7,5% de sua área já colhida. No entanto, o retorno das chuvas reduziu o ritmo dos trabalhos. O avanço das colheitadeiras deve continuar sendo dificultado nos próximos dias, já que os mapas de previsão apontam mais chuva”, diz a consultoria.

Segundo a AgRural, até o momento não há queixas de perda de qualidade da soja que está pronta para colher. Nas áreas já colhidas, os relatos são de boas produtividades, com reportes em torno de 60 sacas por hectare no médio-norte, 61 sacas no sul e 58 a 65 sacas por hectare no oeste.

A AgRural constatou que no Paraná a colheita está na fase inicial, apenas áreas isoladas. A AgRural comenta que no oeste paranaense parte das lavouras plantadas mais cedo ainda não estão prontas, porque as temperaturas abaixo do normal na primavera resultaram em alongamento do ciclo. “Mesmo assim, a expectativa é de safra muito boa, com relatos de 63 sacas a 69 sacas por hectare em algumas áreas que já estão sendo colhidas”, diz a consultoria.

Em Mato Grosso do Sul e Goiás, a colheita chegou a 1% e 0,2% da área, respectivamente. Na avaliação da AgRural, apesar da falta de chuva no sul do estado no início do ciclo, Mato Grosso do Sul tem potencial para colher uma grande safra.

Em Goiás, as primeiras áreas colhidas no sudoeste têm rendido boas produtividades, mas a expectativa é de redução das médias conforme a colheita avançar, especialmente nas áreas prejudicadas pela falta de chuva em dezembro e início de janeiro. Também já há colheita em Rondônia (2%) e Minas Gerais (0,7%).

No Matopiba, boas chuvas foram registradas nesta semana, mas na Bahia, estado mais prejudicado pela estiagem de dezembro e início de janeiro, volumes maiores e com melhor distribuição seriam bem-vindos para evitar maiores perdas de produtividade, diz a AgRural.

No Rio Grande do Sul, ainda choveu acima do normal em algumas áreas nesta semana e a previsão de tempo seco nos próximos 15 dias é boa para as áreas mais úmidas. Mas, dependendo da duração da estiagem e da elevação das temperaturas, áreas de soja em floração e iniciando o enchimento de grãos poderão ser prejudicadas, especialmente se o tempo seco previsto para os últimos dias de janeiro persistir em fevereiro. A colheita começa a ganhar ritmo no Matopiba e no Rio Grande do Sul na virada de fevereiro para março, devido ao calendário de plantio mais tardio em relação ao resto do país.

Milho

A segunda safra de milho estava 2,8% plantada no centro-sul do Brasil até quinta-feira (19), ante 0,8% há um ano e 1,4% na média de quatro anos. Mato Grosso lidera, com 6,4%, mas deve perder ritmo caso as chuvas continuem atrapalhando a colheita da soja nos próximos dias. Mato Grosso do Sul aparece em seguida, com 2% de sua área de milho safrinha já semeada.

Em relação à safra de milho verão 2016/2017, a AgRural estima que 0,5% está colhida no Centro-Sul, atrás dos 5,3% do ano passado e dos 2,9% da média de quatro anos. A umidade ainda dificulta o avanço dos trabalhos no Sul, mas a expectativa é de que as colheitadeiras avancem mais rapidamente a partir da semana que vem. Em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, que plantam e colhem mais tarde, as lavouras se desenvolvem bem, diz a consultoria.

J.Demito

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