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Cresce a convicção de que a pecuária bovina do estado do Tocantins alcance níveis de competitividade internacional a exemp...
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Cresce a convicção de que a pecuária bovina do estado do Tocantins alcance níveis de competitividade internacional a exemplo do ocorrido com os grãos, após reconhecimento da importância do setor no estado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Confira matéria publicada no portal Cleber Toledo:
A pecuária brasileira tem avançado a cada ano, nossos produtos chegam aos mais longínquos mercados, graças a nossa competitividade e comprovada qualidade sanitária. De cada 4 quilos de carne vendidas no mundo, um tem origem em nosso país. Os problemas enfrentados pela China em seu rebanho suíno, maior do mundo, tornaram o país asiático nosso principal comprador de carnes, fator que tende a permanecer no curto prazo.
No âmbito interno também nossos consumidores são beneficiados pelo sucesso na nossa pecuária, pois temos aumentado o consumo de proteína de alta qualidade por pessoa no país, quer de origem em suínos, aves ou bovinos. No entanto, pretendo focar minha manifestação na pecuária bovina de corte que é uma atividade de grande relevância para nosso estado do Tocantins.
O rebanho bovino brasileiro apresentou um crescimento de 5% nos últimos dez anos (2009-2019) enquanto a nossa produção cresceu 23% no mesmo período, portanto, estamos aumentando nossa produtividade.
O investimento na pecuária ganhou mais força com a recente valorização do boi, experimentando valores nunca antes alcançados, assim como os preços dos bezerros nas principais regiões produtoras. A pecuária segue um ciclo que é definido, entre outros fatores, pelo ciclo reprodutivo que vendo sendo encurtado, mas ainda fica na casa dos 3 anos, que é o tempo necessário para terminação do animal.
O abate de fêmeas registrado no período entre 2017 e 2019, em torno de 42%, obrigatoriamente resultaria na diminuição da produção de bezerros e do tamanho do nosso rebanho no curto prazo. Estamos passando, portanto, por uma baixa oferta de animais para abate, o que explica em grande parte a alta verificada nos preços recebidos pelos produtores pelo boi e bezerro.
No ano de 2020, o abate de fêmeas recuou para 37%, uma queda de 19% em relação ao ano de 2019. Os levantamentos preliminares para este ano indicam uma continuidade na retenção de matrizes, o que sinaliza para preços elevados ao longo do ano, mas com tendência de estabilidade ou redução para 2022, em função da maior oferta de bezerros esperada.
Para o nosso estado do Tocantins a pecuária bovina também tem grande relevância e conta com produtores altamente capacitados e que buscam constantemente melhorar o desempenho do setor no estado. Nosso rebanho, abates e produção cresceram nos últimos 10 anos, a exemplo do país como um todo, no entanto temos grandes desafios a superar.
Destaco como fator negativo, o número de animais abatidos por ano pelo total do rebanho do Tocantins, em torno de 12% pelos números oficiais, enquanto a média do Brasil e dos principais estados produtores está acima de 16%. Nosso abate de fêmeas em torno de 44% no período de 2017/2019 já recuou para 21% em 2020 e nos dá um alento de que existe uma tendência de retenção de matrizes o que deverá resultar em uma boa oferta de bezerros nos próximos anos.
Analisando apenas esses números, temos um caminho a trilhar, o que se conseguirá com investimentos para a melhoria dos índices reprodutivos e produtivos do nosso rebanho, com muito foco em genética, confinamento e semi-confinamento.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconhece a importância desse setor para o país e para o estado do Tocantins, temos a convicção de que alcançaremos níveis de competitividade internacional a exemplo do ocorrido com os grãos, ou até por isso, pois a oferta de grãos e produtos do seu processamento será cada vez maior e importante para a intensificação da pecuária bovina, assim como a integração lavoura-pecuária.
O pecuarista brasileiro vem investindo em sua atividade e o nosso ministério tem política de crédito focada no aumento da produtividade da pecuária nacional como: reforma de pastagens; melhoramento genético com foco no uso da inseminação artificial e estímulo ao confinamento, o que tem permitido abater animais mais jovens e mais pesados, dentre outras políticas.
O alinhamento entre governo e pecuaristas é sempre desejável, sendo uma forma de otimizar os recursos federais do crédito rural, ajustando-os às reais necessidades da pecuária de cada estado. O Plano Safra que estamos trabalhando nesses dias carrega tal compromisso.
Queremos ver nosso estado do Tocantins no topo da pecuária nacional, e temos condições para tanto, contribuindo ainda mais para o abastecimento interno e para a geração de divisas com a exportação.
Fonte: https://clebertoledo.com.br/negocios/cesar-halum-pecuaria-tocantinense-e-seus-desafios/
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