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CESAR HALUM / Milho e o Tocantins: o grão que virou ouro
O milho se tornou um grão raro e muito cobiçado não só no Brasil, mas em todo o mundo. O que aconteceu que de repente seus preços explodiram e sua escassez é notória?
Todos sabem que o principal destino do milho em larga escala é o arraçoamento animal, notadamente para a avicultura e suinocultura. A moderna avicultura e suinocultura e seu manejo surgiram nos EUA nos anos 50. Hoje está praticamente difundida em todo o mundo e fortemente no Brasil.
Aqui no nosso país foi desenvolvido um espetacular sistema de integração em que os aviários e os suinocultores se ligaram as maiores indústrias de carne no oeste catarinense. Naquela região nasceram Sadia, Perdigão, Seara, Aurora, Frimesa, entre as mais conhecidas nacionalmente. Este sistema se espalhou para o resto do país, transformando o Brasil num dos mais sofisticados e competitivos exportadores do mundo. Hoje somos o maior exportador de frangos do mundo, com 4 milhões de t., e ainda consumimos 10 milhões de t., sendo o quarto consumidor mundial. Só consumimos menos frango que a China e os EUA e muito pouco menos que toda a Europa.
Mas no mundo, o grande aumento na produção e consumo de frango e suínos aconteceu na Ásia. Uma verdadeira revolução alimentar que vem ocorrendo há mais de 20 anos. Região populosa e com deficiência na oferta de matérias primas. Como exemplo a China nos últimos 5 anos aumentou em 50% seu consumo de carne de frango, além de ter um consumo de 50 milhões de t. de carne suína.
Pois bem, tudo o que foi dito antes sobre avicultura e suinocultura, tem implicado num forte aumento do consumo de milho e farelo de soja, que são a base do trato dos pequenos animais. Como exemplo na Ásia, a China que importava 2 milhões de t até cinco anos atrás, deve importar na atual temporada 20/21, 26 milhões de t, o Vietnã no mesmo período saiu de uma importação de 8,5 milhões de t. para 13 milhões.
A exportação de milho está concentrada basicamente em quatro países: EUA, Brasil, Argentina e Ucrânia. Nos EUA uso do milho para etanol consome 140 milhões de t de sua produção. Esse consumo era praticamente inexistente há duas décadas. Tanto no EUA como na Argentina a possibilidade de novas áreas para aumento expressivo na produção de milho é praticamente inexistente. A Ucrânia desde o fim do regime comunista vem aumentando sua produção e exportação e é ao lado do Brasil o país que vem tendo o melhor desempenho no abastecimento mundial.
O Brasil aumentou notavelmente sua produção ao longo das últimas dez safras, praticamente dobrando o volume colhido, de 57 milhões de t. em 2010/11 para 106 milhões de t. em 2020/21. E aqui temos que fazer uma observação bastante relevante: o Brasil é o único país do mundo com uma segunda safra expressiva de grãos, concentrada no milho.
Hoje da área total de milho plantada no Brasil, 19,9 milhões de há, 75% corresponde a segunda safra de milho. Isto é inédito em qualquer parte do mundo. De uma área plantada de 6 milhões de hectares há dez safras, passamos para 15 milhões de ha em 2020/21. De forma impensável há bem pouco tempo o Brasil hoje rivaliza com os EUA nas exportações de milho e chegamos a vender no exterior quase 40 milhões de t.
Por outro lado, nossa moderna avicultura e suinocultura, aumentou de forma expressiva nosso consumo de milho e devemos atingir uma demanda interna de 73 milhões de t. no próximo ano. A crescente demanda de milho para produção de etanol, principalmente no estado de Mato Grosso, também ajuda a pressionar o mercado.
Neste contexto, a produção do estado do Tocantins é motivo de destaque, porque naquele período das últimas dez safras, enquanto o Brasil quase dobrou sua produção, Tocantins multiplicou sua oferta em 3,5 vezes, saindo de 285 mil para 1,3 milhões de t.
O Tocantins apresenta elevados índices de produtividade, possui uma logística invejável e tem áreas disponíveis para expansão, nos apresentando assim como o Estado capaz de ajudar o Brasil a solucionar esse desafio.
CESAR HALUM
É secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e apresentador do programa Mundo Agro, no SBT Tocantins.
Fonte: https://clebertoledo.com.br/negocios/cesar-halum-milho-e-o-tocantins-o-grao-que-virou-ouro/
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